Painting by Ellen Eagle
As estrelas suspiram entre elas. O céu deita-se para ouvir. Deito no telhado, querendo saber como medir a eternidade. Há algo que está suspenso no ar e a oeste da Via Láctea. Bebo o leite da esperança, alimento-me do devir. O que há em mim é inominável e grandioso. Arrisco-me a ir mais longe do que posso sem medo, sem segredos que não possam revelados para mim mesma. Descubro que algo pode viver feliz em mim independente do quantos nomes a felicidade possa ser chamada. Fale-me sobre você e de onde você veio e poderá ir. Fale-me de coisas que aumentam a alma neste instante em que o tempo perde o tempo e a vida vive em mim. Estamos vestidos de amanhã e amanhã seremos e saberemos o nosso lugar no esquema do destino e das idéias. Somos.
Cheguei onde deveria estar e estive onde sempre deveria. (Re)conheço este lugar, vendo pela primeira vez o que sempre vi porque você está aqui, olhando para este mesmo céu e abrindo as flores com as mesmas palavras que tocam os oceanos e os metais. Nada pode pertubar este momento de gratidão as nuvens e ao infinito que me deixa tão menor diante dos Deuses e tão maior diante da agonia. Fale-me das tuas procuras e de como o desejo precipita-se sobre a beleza. Meus ouvidos aguardam a delicadeza de tuas palavras de algodão.
Escuto a tua imensidão enquanto o meu silêncio te cumprimenta. Esta sou eu com as mãos abertas para o teu sol e os teus ventos. Estás na poesia que sempre me procura.
Karla Bardanza
Para George
While the stars are whispering to each other
The stars are whispering to each other. Heaven lies down to listen. I lay on the roof, wondering how to measure eternity. There is something that is suspended in the air and to the west of the Milky Way. I drink the milk of hope, I feed myself with the concept of becoming . What is in me is nameless and great. I dare to go further than I can without fear, without secrets that can't be revealed to myself. I find that something can be happy in me regardless of how many names happiness can be called. Tell me about yourself and where you come from and can go. Tell me about things that raise the soul at this moment in which time loses time and life lives in me. We are dressed in tomorrow and tomorrow we will be and know our place in the scheme of destiny and ideas. We are.
I am where I was supposed to be and I have been where I should always be. I recognize this place, seeing for the first time what I have ever seen because you are here looking at this same sky and unfurling the flowers with the same words that touch the metals and the oceans. Nothing can disturb this moment of gratitude to infinity and to the clouds that make me so small before the Gods and so big before agony. Tell me about your quests and about the desire that precipitates beauty. My ears are awaiting the delicacy of your words of cotton.
I hear your vastness while my silence greets you. This is me with open hands to your sun and your winds. You are in the poetry that always looks for me.
Karla Bardanza
For George
This poem was originally written in Portuguese. Then I translated it into English. I hardly ever do that but I liked it so much so I did it.
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